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Data/Hora

Domingo, 13 de Outubro de 2019 

15.00 às 17.30 

 MADEIRA

LOCAL

Fundação Ricardo Espírito Santo Silva 

Rua de S. Tomé, 90 

1100-564 – Lisboa 

ORADORES

Luís Jorge 

Nuno Valentim

Mariella Gentile

Cristina Santos 

Desde que há arquitectura, há construção em madeira. Estruturas, revestimentos, guarnições, ou apenas moldes e ferramentas, a madeira raramente terá estado ausente de um estaleiro de obra. Utilizam-se centenas de espécies de madeira na construção, com diferentes densidades, texturas, cores, cheiros, sons, tirando partido das suas distintas propriedades estruturais, hidráulicas ou térmicas. Talvez seja o material de construção mais sinestésico: vemos a madeira expandir e encolher, irradiar calor, ranger, quando pisada, definir o cheiro de uma divisão. A madeira é sensível ao sol e à humidade, propensa a insectos, fungos, fendas… É natural. Mas é também resistente - reconhecida pela sua capacidade de tracção - e ao mesmo tempo leve, fácil de transportar e de trabalhar. Apesar da utilização da madeira enquanto material estrutural ter reduzido com o aparecimento do aço e do betão, nas últimas décadas esse interesse renasceu, manifestando-se de formas distintas.

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Se, originalmente, a madeira era usada de forma integral e transformada, principalmente, através de processos de redução do seu volume original - cortada, serrada, aplainada, talhada, esculpida - hoje é também moldada, a partir da aglutinação parametrizada das suas pequenas partículas, em diversas formas e dimensões: entre o MDF, LDF e contraplacado, o OSB ou o Viroc, destaca-se o CLT - Cross Laminated Timber - que inova na capacidade estrutural. Assim, nasce a hipótese de uma arquitectura em madeira mais ecológica, duradoura, mais rápida e versátil, mas também menos sinestésica.

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Mas, tal como Alexandra Lange questiona “O que é o luxo? É jacarandá e couro, seda e lacre, mármore e folha de ouro? Ou é a liberdade do custo de instalação e manutenção desses delicados materiais naturais?”

Paralelamente, e impulsionado pela reabilitação do edificado dos centros históricos, intensificou-se o trabalho e a reflexão sobre a reabilitação das estruturas em madeira que, em grande parte, o definem, originando soluções assentes em práticas tão distintas como a recuperação, a reprodução, a reinterpretação ou a demolição. Poderá o desenvolvimento de novos produtos e soluções construtivas dar resposta adequada à actual crise ambiental?

 

Sendo especialmente explorada e utilizada por gerações mais novas de profissionais, com aproximações à construção de carácter DIY (Do It Yourself), a madeira assume, frequentemente, o papel de protagonista. Será a madeira um material unificador da arquitectura, das artes e dos ofícios? Será o 'joinery' a representação disso por excelência?

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Independentemente da abordagem, observamos um crescente interesse pelos processos de transformação da madeira - através da manipulação das suas propriedades químicas, da análise e experimentação em torno das suas patologias, ou através da exploração háptica da matéria, em contextos pluridisciplinares.

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Assim, e ainda que de formas distintas, é enaltecida a arte da união das peças - joinery -, na procura de encaixes modulares parametrizados, cada vez mais eficientes, na preservação dos encaixes artesanais, na marcenaria e no restauro, ou através do pragmatismo daqueles que põe 'mãos à obra'.

METRO

Santa Apolónia, Baixa-Chiado

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Autocarro

 28E, 737, 12E

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