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Data/Hora

Sábado, 16 de Novembro de 2019

15.00 às 17.30

 metal 

LOCAL

CENFIM - Centro de Formação

Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica

Rua dos Amigos de Lisboa 

1950-307 -  Lisboa 

ORADORES

José Miguel Pinto

Gémeo Luís

João Ribeiro

Sara Antónia Matos

Edgar Brito

Extraídos a partir de minérios presentes na crosta terrestre, os diferentes metais, com as suas diferentes composições moleculares, não só requerem métodos de extracção específicos como incorporam características expressivas e potencialidades de transformação e de uso tão particulares como inumeráveis. No entanto, apesar das suas singularidades, os diferentes metais apresentam características comuns, como a maleabilidade, a ductilidade e a condutividade, a par de uma enorme resistência à tensão e à compressão. Com a Revolução Industrial e consequente transição da produção manual para a produção industrial, desenrolou-se uma transformação radical na organização territorial e sócio-económica, que encontrou no metal, particularmente no ferro, no aço, e consequentemente, no betão armado, o símbolo e o veículo da sua materialização.

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Das exposições universais, que deram o mote para a industrialização do sector da construção e para a aplicação da arte à indústria, até à contemporaneidade, registam-se quase dois séculos de manifestações, com maior ou menor expressão plástica, das múltiplas potencialidades do Metal nas esferas da Arte e da Arquitectura. Surgiram novas técnicas mas também novas estéticas. Os limites do espaço expandiram-se e novos usos e modos de habitar despontaram.

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No domínio artístico, das pequenas mas expressivas esculturas de Umberto Boccioni às mega-estruturas de Richard Serra, assistimos não só a uma grande experimentação das potencialidades plásticas e estruturais do metal, como a um estreitar da relação com a Indústria. Na Bauhaus, a evolução do workshop de metal acompanhou essa aproximação. O atelier artístico de produção de peças únicas sob a orientação de Johannes Itten, transformou-se, em apenas dois anos, e sob a alçada de Moholy-Nagy, num laboratório de design centrado no desenvolvimento de protótipos seriados para a produção industrial.

Que mudanças imprimiu esta aproximação à indústria nos processos criativos? Como integrar o saber dos artesãos na produção industrial? O que se perde com a automação?

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Da estética despojada do funcionalismo modernista, ao optimismo tecnológico da geração hi-tech dos anos 60 e 70, os arquitectos, libertos dos constrangimentos estruturais e formais da produção até então artesanal, abraçaram as potencialidades da estandardização e pre-fabricação em prol de uma prática ao serviço da sociedade. Ora para suprir a premente necessidade de habitação a custos controlados, rápida e para muitos (provocada pela rápida expansão urbana e pela destruição infligida pelas grandes guerras da primeira metade do século XX), ora para acompanhar modos de habitar cada vez mais transitórios.

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Demandas que, na verdade, continuam imperativas ainda hoje. Que lugar ocupa a pré-fabricação na prática (e no ensino) da Arquitectura contemporânea? O de uma mera ferramenta para um maior rigor e eficiência? Meio para concretizar formas cada vez mais complexas? Enquanto veículo para a optimização de recursos materiais e humanos, do tempo de obra em estaleiro e consequente redução de custos económicos e energéticos, a pré-fabricação revela-se pertinente no contexto da construção do espaço físico contemporâneo. Mas como adequar a normalização à pluralidade de realidades sócio-culturais, hábitos e contextos territoriais?

AUTOCARRO

728, 718, 210, 781, 782

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Comboio

Marvila (Linha da Azambuja)

como

chegar

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