ORADORES
Carlos Flor Vicente
Eliana Sousa Santos
Nuno Brandão Costa
Vítor Ribeiro
Luísa Perienes
PEDRA
Data/Hora
Sábado, 12 de Outubro de 2019
15.00 às 17.30
PATROCINADOR OFICIAL
Modelstone | www.modelstone.pt
LOCAL
Oficina Alfredo Antunes Flor
Av. Salgueiro Maia, 1139 - Abóboda
2785-501 – São Domingos de Rana
No final do século XVII, Charles Perrault destaca o encaixe e o corte das pedras, dizendo: “Talvez não haja nada mais engenhoso em todas as artes ou na matemática do que 'le trait' e 'la coupe des pierres', de onde saem as surpreendentes abóbadas, onde se vê um edifício sustentar-se pela força da sua forma e pelo corte das pedras, estas abóbadas baixas, a maioria delas totalmente planas, estes lances de escadas que, sem qualquer pilar de suporte, se viram no ar ao longo das paredes que os encerram, e se fixam a patamares igualmente suspensos no ar, sem qualquer outro suporte que não as paredes e o engenhoso corte das pedras.”
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A evolução do uso criativo da pedra, permite hoje que se distingam dois caminhos preponderantes: por um lado, uma atitude de afirmação das suas qualidades intrínsecas, de natureza quase mágica, que reflectem a sua inegável resistência ao tempo e o seu caráter incorruptível. Por outro lado, novas possibilidades se abrem, apoiadas em processos de fabricação e simulação virtual, no desenho paramétrico e na transformação robotizada.
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De uma ou de outra forma, a pedra ressurge e renova a sua presença, contrastando drasticamente com a volatilidade e transparência dos tempos e dos espaços que se imaginam para o futuro. Poderá este material adquirir propriedades que metafisicamente não se lhe poderiam até agora associar?
Que reflexo terá essa mudança no processo criativo e produtivo de arquitectos, artistas e artesãos? As novas aplicações da pedra na arquitectura e nas artes reflectem ainda a mudança ocorrida no ofício da pedra ao longo do século XX, alterando a forma como este se relaciona com a arquitectura e as artes.
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Como se afirmam e poderão afirmar estes contrastes no século XXI? Onde e com que ferramentas – físicas ou paramétricas – se poderão desenhar os novos espaços criativos da produção em pedra? Que reflexo terá esta nova forma de conceber e produzir no carácter artístico e arquitectónico das nossas cidades?
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De acordo com o bauhaus archiv museum für gestaltung, apenas uma escultura de pedra sobreviveu da oficina de escultura da Bauhaus. Na breve existência da escola após Dessau, a oficina de escultura deixou de fazer parte do currículo. Em seu lugar, foi criada uma oficina de artes plásticas, coordenada pelo mestre Joost Schmidt, que se traduzia, em termos práticos, na construção de maquetas, e na produção de elementos para projectos expositivos e cenografia.
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Poderá a pedra afirmar-se ainda de forma estrutural e estruturante num contexto criativo ou será inevitavelmente relegada a um papel complementar e acessório?
Transporte de autocarro disponível a partir do Campo de Santa Clara (em frente à sede da Trienal de Lisboa) Lugares limitados e sujeitos a inscrição prévia, através do e-mail building101.tal@gmail.com
Horário de Saída: 14h30
Horário de Chegada: 18h30
Comboio
Oeiras/Carcavelos
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Autocarro
467, 468, 489 /463
como
chegar